O dia quente de quinta-feira em São Paulo virou noite chuvosa em alguns cantos da cidade, mas na região do Cine Joia, o clima se segurou e não espantou o público seleto que aproveitou o quase fim de semana para ver a perfomance da geração mais nova da família Knowles. Sem muita fila no começo da noite, mas que se estendeu um tanto a mais com o passar do tempo, a casa de shows no bairro Liberdade de fato não lotou, mas trazia muitos interessados no som da cantora Solange.
Sem muita firula e com poucos minutos de atraso, a banda de Sol-Angel, apelido dado à musicista graças a seu primeiro álbum de estúdio, se preparou em palco e algum tempo depois abriu espaço para a estrela da noite, que entrou com um macacão claro com referências étnicas e o cabelo grande, longo e frisado.
O combo inicial de canções foi preenchido com Don’t Let Me Down, Some Things Never Seem To Fucking Work e Bad Girls – composições presentes em seu mais recente EP, True, que demarca sua mudança sonora e adaptação a um R&B alternativo e mais moderno. Pouco depois do cover Soul de Stilness Is The Move, de Dirty Projectors, entre uma canção e outra, Solange acenava, chegava próximo aos fãs do gargarejo e retribuia suas carícias, recebia presentes e retomava sua posição sem perder a pose, tal qual sua famosa irmã, Beyoncé.
Diferente do que apontamos no Pitchfork Music Festival 2013, aqui no Brasil a cantora fez um show um tanto efervescente e que rendeu animação plena dos locais em hits como Lovers In The Parking Lot, Losing You e Sandcastle Disco*. Apesar de bem curto – toda a performance da cantora se estendeu no máximo em uma hora exata de apresentação, os sorrisos, a simpatia e principalmente as danças vistas em suas apresentações e clipes corresponderam as expectativas de quem saiu de casa para, acima de tudo, se divertir.
