Beach Fossils – SESC Belenzinho, São Paulo

Quarteto nova-iorquino começa muito bem a temporada de shows no Brasil com uma bela e energética apresentação no Sesc Belenzinho, em São Paulo

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Fotos: Lucas Cassoli/Monkeybuzz
Nota: 3.5

O primeiro show da curta passagem do Beach Fossils pelo país foi marcada por um público morno e no inicio até mesmo apático. Me parece que só quando o show estava perto do seu fim que os presentes se deram conta que estava rolando um ótimo show ali em cima do palco e começaram a se mexer. Ainda assim, Dustin Payseur e companhia souberam se virar bem, conversando, contando algumas piadas e colocando a usual energia extra nas faixas vindas dos álbuns para tentar animar ainda mais quem já balançava a cabeça desde o inicio.

Por mais que já se esperasse um set feito baseado no ótimo Clash The Truth, o quarteto nova-iorquino surpreendeu os presentes tocando várias das faixas mais antigas, como Daydream, Youth, The Horse e Twelve Roses de seu primeiro álbum homônimo e outras como Moments, What a Pleasure e Calyer do seu mais recente EP, What a Pleasure, lançado no ano passado.

Com um set misto e bem potente, a banda soube conduzir muito bem os momentos mais introspectivos e outros mais explosivos da apresentação, sempre intercalando entre uma música outra alguma tentativa de contato com público, chamando a plateia de linda, explicando um pouco sobre algumas das faixas ou até mesmo marcando para ir a alguma festa após o show (o que de fato fizeram).

Um dos pontos mais interessantes do show foi ver como as músicas dos funcionavam ao vivo. Além da enfática energia, o grupo botava um de seus pés no Noise e através dos pedais conseguia trazer o característico “barulho” do estilo às suas faixas. Outro, foi ver as impressionantes linhas de baixo de Jack Doyle Smith ganhando forma ao vivo. Se elas já eram boas no disco, ao vivo se tornam ainda mais poderosas e conduziram a “cozinha” ao lado da agressiva bateria de Tommy Gardner.

Entre os pontos altos do show se destacam faixas como a abertura Birthday, Generational Synthetic, Youth, Clash The Truth (música em que Dustin se uniu ao público para cantar o forte refrão), Careless e Calyer e a espécie de desabafo de Dustin ao fim da última faixa. Um misto de despedida, agradecimento e confissões foram feitas (quase aos berros) enquanto o restante da banda criava o barulhento e bagunçado fundo sonoro.

Com pouco mais de uma hora, a apresentação se encerrou com o público querendo mais, porém essa sensação de animação infelizmente só se deu quando o show chegara ao seu fim. Se você vai a algum dos próximos shows (em Curitiba, Rio de Janeiro ou na segunda apresentação em São Paulo) prepare-se para curtir um show intenso e não se acanhe em sair dançando ou pulando por aí.

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ARTISTA: Beach Fossils
MARCADORES: SESC Belenzinho

Autor:

Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts