Pélico – Studio SP Vila Madalena

O Indie Rock desacelerado se uniu a uma MPB mais urbana no show do paulistano divertiu quem estava pelo bairro Vila Madalena

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Fotos: Fernando Galassi, Monkeybuzz
Nota: 4.5

A sexta-feira ensaiava um frio e o público demorava a chegar. O espaço começava a encher e Pélico percorria pra lá e pra cá cumprimentando alguns conhecidos e amigos aqui e ali, e bebendo uma cerveja lá. Programado para as 22h, mas com início pouco mais de uma hora depois, o público já esperava pelo paulistano e seu som no espaço aconchegante do Studio SP Vila Madalena.

O cantor deu início ao seu repertório com a canção Sem Medida, uma das faixas de seu álbum de estreia Que Isso Fique Entre Nós, lançada no ano passado , que figurou em várias listas de melhores álbuns do ano, tanto em sites como inclusive na revista Rolling Stone. O Indie Rock desacelerado se une a uma MPB mais urbana, definindo bem a sonoridade da qual o cantor gosta de trabalhar.

Logo após a terceira canção, Pélico desabrocha perante o público. “Eu queria me segurar, mas olhando os sorrisos de cada um, é impossível falar com vocês depois”. – emendando em um boa noite e agradecendo a presença.

Não Éramos Tão Assim era a quarta música a ser tocada e já mostrava o grande efeito causado na plateia – em pouco tempo, a canção era entoada em coro por quem estava por ali. Ao final da canção, o intérprete comentou e estabeleceu uma ligação direta, contando sobre a dificuldade da despedida que a letra da faixa traduz.

Tudo ia bem e a ideia era que se continuasse assim, o resultado seria apenas bom, mas a energia e convicção do cantor a cada verso surpreendeu até mesmo os curiosos que passavam por ali e viam o show do rapaz pela primeira vez.

A noite foi abrilhantada com participações de amigos, como a de Blubell, que primeiramente dividiu A Beira do Ridículo e que depois emendou seu hit, Chalala, tema do seriado Aline, que passava no horário nobre da TV aberta. Quem veio apenas prestigiar o cantor também teve seu momento ao palco, como foi o caso de Leo Cavalcanti, que encarou o desafio e improvisou como pôde Se Você Me Perguntar e Vamo Tentá.

Recado veio logo em seguida. A canção, que mostra intenso trabalho vocal e de arranjo, ganha maior força ainda ao vivo, não há melhor escolha que essa para ser tocada antes do bis, que gerou muitos aplausos e animação no público.

A banda nem se deu ao trabalho de sair do palco, ensaiou que ia, mas ficou, e fechou de uma forma inusitada: Chamou novamente Blubell e Leo para um encore de Não Éramos Tão Assim, da forma mais divertida e despretensiosa que poderia ser, trocando partes dos versos do refrão pelo que soava mais engraçado.

A maturidade musical e o bom humor do paulistano conduziram o show de forma leve e divertida, tanto que despertou nos ouvintes o mesmo sentimento do começo ao fim.

Confira também algumas fotos na nossa galeria, no final da página!

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MARCADORES: Show

Autor:

Jornalista por formação, fotógrafo sazonal e aventureiro no design gráfico.