Para minha tristeza, Orlando Higginbottom veio ao palco do Sónar vestido como um índio glamuroso, e não de dinosauro. Apesar da roupa não tão legal, o inglês por trás do Totally Enormous Extinct Dinosaurs justificou todo o hype em cima dele com uma apresentação dançante e sofisticada.
A primeira música foi Closer de seu ainda não lançado álbum Trouble. A escolha foi boa, já que a faixa é mais melancólica e apresenta bem o som do artista que muitas vezes não agrada aos fãs mais tradicionais da música eletrônica, já que mistura os mais diversos tipo de influência, passando principalmente pelo electro-house e o Synthpop.
Sua apresentação é sempre muito animada, em clima de balada. Na metade do show, já por volta das 4:30, ele fez questão de pedir à organização que abaixasse as luzes do SónarVillage para que as pessoas sentissem que podiam dançar de verdade.
Em pouco tempo, Orlando já lançou três EP’s com o projeto, remixou grandes nomes do pop como Katy Perry e Darwin Deez, assinou com o selo da Polydor Records, além de muitos outros convites para parcerias e para animar os mais importantes eventos pelo mundo. Toda a expectativa em cima do garoto de 28 anos é muito recente, por isso, ponto para a curadoria do festival que não perdeu tempo e nos deu o privilégio de acompanhar o trabalho do TEEDinosaurs de perto desde o início.
O público lá presente era uma mescla de quem queria ver de perto a sensação do momento e daqueles que ainda estavam gastando suas últimas energias antes de voltar para casa. Nas duas situações, ninguém saiu insatisfeito e pôde presenciar inclusive uma rápida chuva de serpentinas e confetes.
Destaque para a faixa Stronger, que tinha o trecho “I feel like loving you is making me stronger/ but I know that a hard day waits for me just around the corner” cantado ao vivo, deixando a música com um tom ainda mais sofisticado.