Resenhas

Gem Club – In Roses

Grupo continua exatamente a mesma linha de seus trabalhos anteriores e cria mais uma bela obra de Chamber Pop

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Ano: 2014
Selo: Hardly Art
# Faixas: 11
Estilos: Chamber Pop, Dream Pop
Duração: 48:53
Nota: 3.5
Produção: Minna Choi
Itunes: http://clk.tradedoubler.com/click?p=214843&a=2184158&url=https%3A%2F%2Fitunes.apple.com%2Fbr%2Falbum%2Fin-roses%2Fid767694440%3Fuo%3D4%26partnerId%3D2003

Gem Club, a banda de Chamber Pop vinda de Boston, do estado de Massachusetts nos EUA chega no início de 2014 ao seu terceiro lançamento. In Roses é seu segundo álbum completo ao lado do selo Hardly Art (o primeiro é de 2011, intitulado Breakers, e, antes disso haviam lançado um EP independente chamado Acid And Everything) e segue exatamente a mesma linha de tudo o que vem sendo produzido pelo grupo desde sua estreia.

In Roses vem recheado de uma música atmosférica e minimalista, muito bela e sutil. Guidada essencialmente por um piano, todas as conções são preenchidas pelo mínimo necessário dos arranjos: frases entrecortadas, cantadas entre suas próprias sílabas, uma percussão tímida e reduzida ao essencial da necessidade de sua existência controem um clima melancólico, instrospectivo e muito poderoso.

Poderoso pois é justamente a redução ao seu essencial que faz que com todos os elementos do disco exerçam seu poder de forma inescapável sobre o ouvinte: graças ao mínimo necessário, tudo exerce seu efeito em máximo potencial, com o grupo guiando os sentimentos de quem ouve na palma da mão. Aliás, a capa do álbum é a materialização visual perfeita do clima do álbum, grandes espaços vazios preenchidos pela estranheza da vida cotidiana, e todo o sentimento de desconforto (e logo, a sensibilidade de uma visão artística) que emerge a partir deste fator. Tendo em vista tudo isso, o ouvinte está desafiado a chegar à metade do álbum, na altura da belíssima Braids, na metade do álbum (e ao meu ver, seu ponto alto) incólume e sem ter os sentimentos embalados pela beleza do álbum.

A insistência em manter exatamente a mesma linha estética de seu lançamento anterior faz parecer que Gem Club (aliás, o nome do grupo que remete às gemas, pedras preciosas que são materializações cristais reduzidas ao essencial da beleza, reforça muito essa ideia) esteja perseguindo sua própria linha dentro do Chamber Pop, limpando e deixando cada vez mais cristalina a intenção de suas canções e de seu álbum, enfim, de sua obra como um todo. Belíssimo.

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Autor:

é músico e escreve sobre arte