Resenhas

Baio – Mira EP

Baixista do Vampire Weekend mostra sua nova obra ensolarada e tropical, cheia de referências à House e à música eletrônica dos anos 90

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Ano: 2013
Selo: Future Classic
# Faixas: 4
Estilos: Eletrônica, House, Indie Tropical
Duração: 23:46
Nota: 3.5
SoundCloud: /tracks/116498160
Itunes: http://clk.tradedoubler.com/click?p=214843&a=2184158&url=https%3A%2F%2Fitunes.apple.com%2Fbr%2Falbum%2Fmira-ep%2Fid71144170

Este foi um ano e tanto para Chris Baio. O músico além de lançar ao lado de seus companheiros de Vampire Weekend o terceiro álbum da banda, Modern Vampires of the City, deu também o segundo passo de carreira solo como um EP nomeado como Mira, obra que chega aos nossos ouvidos mais de um ano após o lançamento de outro EP (de apenas três faixas) chamado Sunburn, estreia de Baio na música eletrônica.

Mais uma vez pautado pela House, o músico incrementa seu som com a vibe veraneia de Sunburn, porém a direcionando às pistas. Se o seu primeiro EP era para ser ouvido em um fim de tarde à beira mar, Mira é para ser ouvido quando o céu já está pontilhado de estrelas e uma festa se anuncia em meio a areia. Dançante e “Chill Out” ao mesmo tempo, as quatro faixas deste EP te embalam por uma relaxante noite a beira mar na qual seria quase impossível não arriscar alguns passos de dança.

Repleto de bons grooves (fruto de um baixista que tem pleno domínio sob seu instrumento), as músicas ainda apresentam melodias pegajosas, um bom trabalho ao brincar com os sintetizadores e samples e pela primeira vez a voz de Chris sendo o centro das atenções em uma faixa. Grande parte destes elementos aparece logo na abertura, feita com a faixa-título. Mira, em seus quase seis minutos, brinca com diversos timbres do sintetizador, com um baixo intenso e com padrões de batidas que se repetem por toda a faixa, além de uma espécie de mantra que fica repetindo o título da música por diversas ocasiões.

Welterweight, por sua vez, segue um clima das produções noventistas, se apoiando em um vocal melódico e uma linearidade que dominava as faixas da época. Refrão e a maneira de se usar sintetizador, samples e batidas também se encaixam perfeitamente nos anos 90. Brincando o Calypso (estilo Afro-caribenho), em Zona Baio mais uma vez traz o clima ensolarado a sua a sua obra e parece brincar um pouco com o que já tinha feito em seu primeiro EP.

Fechando a pequena obra em uma espécie de ciclo, Banj se apresenta bem semelhante à faixa-título, criando um efeito interessante ao se ouvir à obra no repeat – quase como se elas fossem duas partes distintas da mesma de uma mesma ideia.

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BOM PARA QUEM OUVE: Goodbye Chanel, Champu, Washed Out
ARTISTA: Baio

Autor:

Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts