Se você já conhece o quinteto de outros tempos, vai notar a diferença sonora agora em Aquário. Tono chega mais arrastado, menos energizado que em seus trabalhos anteriores, e parece que acertou nessa “nova versão” da banda.
Se em 2009, com Tono Auge, e em 2010 com Tono a banda apostava em algo mais ritmado, com um toque de marchinhas, neste novo álbum, os cariocas tiram o pé do acelerador e depositam uma carga mais introspectiva em suas canções, as deixando mais subjetivas de se absorver. Se você conhecia a banda desse início, você não irá encontrar faixas como Samba do Blackberry ou Sem Falsas Esperanças, mas sim, algo como a Bossa/Jazz So In do segundo álbum do grupo.
O disco traz desde um sambinha soteropolitano com a faixa Da Bahia, até a envolvente com toques de sensualidade, Pistas De Luz e a doce Sonho com Som. De uma maneira ou de outra, a obra inteira chega mais delicada e leve, feito fim de tarde de verão.
Desse modo, para os ouvinte do quinteto da capital fluminense, Aquário vem para agregar a discografia da banda com um toque mais íntimo e lírico. Para os novos ouvintes, o disco cabe como uma boa opção para quem procura uma brasilidade mais sublime, mais balançar de ombro do que balançar de esqueletos. Então, de uma maneira ou de outra, dê o play e deixe o vento de Copacabana balançar seus cabelos.