Resenhas

Machinedrum – Vapor City

Com faixas que geram um sentido de unidade para a obra, Vapor City transporta o ouvinte para um ambiente urbano e envolvente

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Ano: 2013
Selo: Ninja Tune
# Faixas: 10
Estilos: Bass Music, IDM, Drum 'n' Bass
Duração: 46:22
Nota: 4.0
Produção: Travis Stewart

Com uma boa atmosfera entorpecente, Travis Stewart, ou melhor, Machinedrum traz belas faixas para os amantes do IDM e Bass Music em seu novo disco, Vapor City, título que consegue ilustrar muito bem a temática abordada no álbum, uma mistura entre o etéreo, o entorpecente e o urbano.

Na ativa desde 1998, o produtor alemão se mostra bem atualizado da cena eletrônica das batidas mais densas e transporta o ouvinte para sensações que o fisga pelo ouvido e leva para a tal cidade fictícia – ou não – de Vapor City. Com 10 faixas seguindo a risca a mesma dinâmica de vocais repetitivos e uma forte presença de graves e snares, a obra ganha doses horas mais pesadas e horas mais sublimes.

O curioso é notar como as faixas consegue trabalhar entre si, gerando uma unidade do começo ao fim do disco, sendo difícil selecionar algumas como destaque. Tal seleção pode talvez se dar por gosto pessoal de alguma batida que o ouvinte acabe se identificado, ou melhor, por identificação de momento, o que torna a obra ainda mais pessoal e intuitiva. Entretanto, o single Gunshotta, que abre o disco com um belo conjunto vocálico em camadas e boa ritmização de drum machine, a elegante Infinite Us com sua introdução em piano e chimabal, Don’t 1 2 Lose U com seu belo toque de Drum ‘n’ Bass e a etérea Vizion.

Com isso, Vapor City é um disco bem contemporâneo, o que mostra o envolvimento de Machinedrum com o que acontece ao seu redor. As músicas são muito bem dosadas em seus elementos de repetição sem tornar enjoativos – como acontece com parte de músicos que buscam utilizar esse artifício. Um belo disco para se ouvir caminhando e pensar longe.

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BOM PARA QUEM OUVE: Mount Kimbie, Andy Stott, Gold Panda
ARTISTA: Machinedrum

Autor:

Marketeiro, baixista, e sempre ouvindo música. Precisa comer toneladas de arroz com feijão para chegar a ser um Thunderbird (mas faz o que pode).