Resenhas

Summer Camp – Summer Camp

Perdendo um pouco da estética Lo-Fi, Jeremy Warmsley e Elizabeth Sankey também amadurecem suas letras em segundo álbum

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Ano: 2013
Selo: Moshi Moshi
# Faixas: 11
Estilos: Indie Pop, Synthpop
Duração: 42:51
Nota: 3.0
SoundCloud: /tracks/100297324
Itunes: http://clk.tradedoubler.com/click?p=214843&a=2184158&url=https%3A%2F%2Fitunes.apple.com%2Fbr%2Falbum%2Fsummer-camp%2Fid6742

Por mais que ainda estejam em seus vinte e poucos, Jeremy Warmsley e Elizabeth Sankey sempre foram dois nostálgicos, seja com seu próprio passado ou mesmo com as referências que trazem à sua curta obra. Se isso já pode ser observado em Welcome to Condale, álbum de estreia da Summer Camp, em seu segundo e autointitulado disco isto estará presente novamente, porém tratado de forma um pouco mais madura e melhor produzida.

Fazendo um Pop que brinca com tendências dos anos 60 (em um som que pode lembrar aqueles girls groups da época) e 80 (principalmente no teor Synthpop e New Wave), o grupo mais uma vez mergulha na nostalgia sonora, em que muitas vezes funde dois ou mais gêneros em uma só faixa e que sabe articular muito bem as sutilezas radiofônicas de cada um deles. Um ótimo exemplo disso é o ótimo single Fresh, que consegue unir Nu-Disco, New Wave e Synthpop em uma só faixa – em uma das melhores e mais divertidas de toda a carreira do casal.

Continuando nesta mesma pegada, a banda se apega a tendências mais roqueiras em Crazy, Electropop em The End, Dream Pop em Keep Falling e Night Drive, Post-Punk em Two Chords, Pop Psicodélico em I Got You, R&B em Everything Has Chanhed e Phone Call e ainda, o som que melhor sabe fazer, o puramente adocicado em Pink Summer. Você logo vai notar que álbum não possui (quase) nenhuma coesão estilística, porém mantém sua identidade exatamente nesta amálgama entre as faixas feita pela sua temática e mesmo o clima açucarado que se mantém em todas elas.

Se sonoramente as coisas não estão muito diferentes (a não ser a melhor produção vista aqui), liricamente este álbum se destaca por tratar praticamente dos assuntos de outrora, porém agora sob a perspectiva de dois jovens adultos. Talvez o melhor exemplo de todo o disco seja a baladinha ao piano Fighters (com versos como “when we used to fight, she said, it was for something, not against each other”). Agora mais maduros, a tônica da dupla parece ser também de certa forma mais sincera, como se já tivessem passado da fase de dizer algo “errado”.

Formado por onze canções, Summer Camp é um verdadeiro passeio sonoro por um álbum de fotografias repleto de paisagens já conhecidas sob um filtro sépia. Ainda que muito leve, divertido, açucarado e de uma audição prazerosa, o disco não faz muito além do que outras bandas do mesmo gênero já não tenham feito nos últimos anos, principalmente no que diz respeito à aura nostálgica da obra.

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BOM PARA QUEM OUVE: Tennis, Cults, Hospitality
ARTISTA: Summer Camp
MARCADORES: Indie Pop, Synthpop

Autor:

Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts