Resenhas

Soft Metals – Lenses

Com poucas variações entre as faixas e soando como num modelo engessado de Synthpop, duo não apresenta um bom segundo trabalho

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Ano: 2013
Selo: Captured Tracks
# Faixas: 8
Estilos: Synthpop, Electro-Pop, New Wave
Duração: 36:50
Nota: 2.5

Mais uma vez nos deparamos com uma duplas no meio eletrônico. E mais uma vez uma dupla apostando no Synthpop com toques de New Wave. Trata-se de Soft Metals, que chega com novo LP, Lenses.

Formada em 2009, o duo é constituído por Patricia Hall – voz e teclados -, e Ian Hicks – sintetizadores, drum machine e programações – e já haviam lançado um compacto em 2010 e um LP em 2011. Seu novo trabalho, Lenses é composto por oito faixas que misturam Electro-Pop, Synthpop e doses de um New Wave mais cadenciado, resultando num som resgatado dos anos 80 utilizando-se praticamente de voz, percussão eletrônica e sintetizadores mais graves. Algo similar aos sons encontrados nos trabalhos anteriores. Entretanto, sua homogeneidade tende para o lado até certo ponto negativo, fazendo com que o álbum não chegue a ter seus picos de êxtase ou de encher os olhos do ouvinte.

Percebe-se que cada vez mais bandas – ou duplas – de Synthpop surgem com as mesmas características, parecendo um modelo engessado. Muitas vezes -que até chega a ser o caso aqui – o trabalho possui certa qualidade, porém peca em não inovar ou em apresentar pequenas variações ao longo de sua execução, o que o torno sem diferenciação tanto internamente – de faixa para faixa – quanto externamente – de banda para outra banda.

Entre as faixas que merecem destaque temos primeiramente Tell Me, que soa num clima de thriller devido aos sintetizadores que se faz o coração da música. Outra a ser destacada é When I Look Into Your Eyes, que dentre as apostas de canção soft com mais tônica para o grave, que casa com o vocal aveludado de Patricia – é a que obtém melhor feito. Por fim, temos a longa Interobserver com seus quase oito minutos de duração, e que fecham a obra com um clima futurista com seu instrumental mais minimalista e extensivo e em looping, mas que – ironicamente com o que é visto nas faixas do álbum – mesmo com essa repetição se apresenta muito bem dosada e encerra bem o trabalho da dupla.

No geral podemos dizer que Soft Metals precisa ainda procurar sua diferenciação, algo que faça deles uma banda a ser procurada dentre as demais do gênero, Além disso, buscar maiores variações em suas composições, que se resumem em um modelo engessado e fechado, mas que pelas frestas podemos observar que a dupla tem capacidade para isso. Porém, já estamos no segundo álbum de estúdio da dupla, portanto a luz de alerta já se acende.

Tell Me

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BOM PARA QUEM OUVE: Rainbow Arabia, Young Galaxy, Austra
ARTISTA: Soft Metals

Autor:

Marketeiro, baixista, e sempre ouvindo música. Precisa comer toneladas de arroz com feijão para chegar a ser um Thunderbird (mas faz o que pode).