Resenhas

Small Black – Limits Of Desire

Quarteto renova sua sonoridade com Synthpop e New Wave, mesmo trazendo uma leve base do que se encontrava em seu primeiro trabalho

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Ano: 2013
Selo: Jagjaguwar
# Faixas: 10
Estilos: Chillwave, New Wave, Synthpop
Duração: 44:11
Nota: 3.0
Itunes: http://clk.tradedoubler.com/click?p=214843&a=2184158&url=https%3A%2F%2Fitunes.apple.com%2Fbr%2Falbum%2Flimits-of-desire%2Fi

Em alguns pontos no mundo da música, a Chillwave parece relutar e mostrar que ainda está presente entre nós. O segundo disco do Small Black, Limits Of Desire, demonstra esses pontos, porém sem muita convicção, afinal a própria banda já começa a mostrar diferenças com o som apresentado no álbum de estreia, o qual se moldava no estilo.

Ao lançar seu primeiro disco, New Chain, o quarteto nova iorquino vivia tempos áureos da Chillwave e se tornava um dos principais artistas a expor essa sonoridade para o público, juntamente com Toro y Moi e Washed Out. Entretanto, o declínio do estilo também afetou a banda, e em seu novo trabalho já vemos mudanças tanto nas construções quanto na gravação.

Logo ao dar play na primeira faixa percebemos que o tradicional Lo-Fi foi deixado de lado, dando espaço para uma gravação de alta qualidade. Embora alguns podem ver essa característica como a perda de um charme, o estilo não deve ser olhado tão nostalgicamente assim, ainda mais pelo novo caminho que a banda vem tomando, deixando de lado como Ariel Pink, por exemplo, o ar artesanal das gravações.

Mesmo ainda tentando se apegar ao quase extinto estilo, Small Black traz 10 novas faixas que passeiam entre o Synthpop, Electropop e New Wave, todos parentes e vizinhos do que se encontrava em New Chain – o que para os fãs é uma notícia que acalenta a mudança de estilo.

No Stranger, um dos singles da obra, mostra um sintetizador grave ao fundo, dando um clima mais próximo do Electropop do final dos anos 70; algo como batidas que ouvíamos (guardadas as devidas proporções) em músicas de New Order e Pet Shop Boys. Essa estética está presente também em Breathless, que até chega a parecer uma continuação de tão parecidas que são. Experimente ouvi-las na sequência.

Temos duas outras linhas que o álbum segue. As de canções com ares mais doces, entre elas, a delicada Proper Spirit e Limits of Desire, que se assemelha ao encantador New Wave “breguinha” dos anos 80, e uma linha de nuances mais envolventes, com Only A Shadow e Outskirts.

Aos poucos os artistas da quase extinta Chillwave vão tomando novos rumos e alguns deles, como é o caso de Small Black, ainda procuram trazer resquícios para seus novos trabalhos. Seja com os moldes antigos, ou agora com os novos, a banda mostra com Limits Of Desire que soube bem trabalhar sua nova obra ao ponto de se reinventar mas sem perder a base característica e que os fãs apreciam.

Free At Dawn

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Autor:

Marketeiro, baixista, e sempre ouvindo música. Precisa comer toneladas de arroz com feijão para chegar a ser um Thunderbird (mas faz o que pode).