Depois de muito sucesso no EP, muitos esperavam o disco completo. O problema é que não é novidade bandas que lançam ótimos compactos, fazem um grande barulho com eles, e na hora do álbum decepcionam muita gente. Felizmente, esse não foi o caso do duo nova iorquino Cults.
Formado por Madeline Follin e Brian Oblivion, a banda fez um grande álbum de estreia em 2011. Com um som que transita entre o Indie Pop e Lo-Fi, notam-se ainda alguns toques de Shoegaze. Seu debut autointitulado fez com que esses dois passassem de desconhecidos a queridinhos do verão.
A banda foi formada em 2010, quando ainda estudavam no The New School. Eles começaram a fazer música no seu tempo livre, de brincadeira, para mostrar para seus amigos. Lançando na Internet, seu primeiro EP foi um sucesso quase imediato, com Go Outside ganhando o prêmio de melhor música pela Picthfork.
Go Outside foi um dos primeiros singles lançados, ainda em 2010, pelo Bandcamp. Na época, chamou a atenção de muita gente e muitos se perguntavam “quem é essa banda?”. Eles responderam e mostraram um excelente álbum. Abrindo o disco com a contagiante Abducted, o duo já mostra que um shoegaze pop.
Em um resgate dos anos 60, a dupla dá uma nova roupagem ao pop daquela década e ainda dá um toque próprio à música. Com um pop açucarado e muitas vezes alegre, o álbum é todo composto por ótimas melodias e letras pegajosas, sem falar no vocal de Medeline, que traz um nível de doçura ainda maior as músicas.
Walk At Night mostra um lado New Wave, com melodias alegres e vividas. O disco segue muito bem, num ritmo animado e acelerado até Bumper. A última música, Rave On é mais calminha, quase num clima soul. Nessa faixa, as guitarras de Oblivion deixam muito a desejar, sendo a pior música do álbum.
Ambientado nos Pop dos anos 60, o Cults consegue fazer uma releitura interessante e cheia de açúcar dessa época. Quebrando a barreira em que muitos ficam, lançaram um ótimo álbum depois de um ótimo EP, coisa que está rara por esses dias.