Resenhas

Theme Park – Theme Park

Obra apresenta uma sonoridade datada e enviesada ao Indie Pop feito no fim da última década, sobretudo perdendo o timing de seu lançamento

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Ano: 2013
Selo: Bella Union
# Faixas: 11
Estilos: Indie Pop, Guitar Pop, Pop
Duração: 39:25
Nota: 1.5

Os dois anos que se passaram desde que o Theme Park começou a fazer algum barulho entre o público Indie e o lançamento de seu disco de estreia foram marcados pelo promoção de pequenos singles e EPs, que acabariam por formar grande parte desta obra, mas também foi um período em que esse tipo sonoridade feito pelo trio acabou perdendo força. Outros representantes do Indie dançante como Bombay Bicycle Club e Friendly Fires foram capazes de aprimorar seu som e adaptá-lo a uma nova realidade. Coisa que os londrinos não conseguiram realizar em sua estreia.

Ainda preso no que acontecia entre 2007 e 2011, o disco apresenta uma inofensiva versão do que então era considerado pioneiro. Podem ser somente poucos anos, mas a música feita em nosso tempo é efêmera e quem não aprende isso logo, acaba ficando para trás.

Sonoramente, Theme Park é um disco razoavelmente divertido, com muito do groove do Funk, Disco e outros ritmos dançantes apropriados dos anos 70 e 80, porém soa como um molde musical do fim da última década acompanhado por uma lírica bem fraca. Letras como “We got the love, we got the night” (Wax) ou “We can be alright, We can have one last chance to love this, This could be us tonight, forever” (Still Life) mostram a casca vazia que o disco se torna.

Variando entre um som mais paciente (Blind) e algo mais urgente e hedonista (Tonight), o álbum brinca com linhas de baixo marcante, vocais em falsete de Miles Haughton e riffs vindos do Guitar Pop em uma mistura standard do Indie Pop feito na última década. Faixas como o single Wax e Jamaica deixam isso claro e mostram também muitas similaridades com a banda de Ed Macfarlane e companhia.

Com um timing errado, o Theme Park lança um disco que faria mais sentido se lançado entre 2007 e 2011, hoje este álbum é somente uma sombra de um estilo que dominou por um tempo e seus representantes souberam evoluir – o que infelizmente não é o caso aqui.

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Autor:

Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts