Cada vez mais, o Indie Pop tem ganhado espaço nos corações dos entusiastas do gênero que buscam por músicas de refrões marcantes, melodias fáceis e letras de amor rápido e diversão sem fim. A tal abertura tem concebido um aumento notável de bandas que estrategicamente se atiram nas partes mais rasas da infinidade que o Pop pode proporocionar se bem pesquisado e trabalhado, deixando a desejar por criar mais do mesmo, e no que traz de mais de diferente não impressiona, como acontece com o novo disco da Ra Ra Riot.
Recheado de hits rápidos e interessantes que devem ser tocados futuramente nas pistas de festas pretensiosamente descoladas, o grupo traz como atrativo principal as canções Dance With Me, Beta Love e Angel, Please, porém na mesma dose benéfica, vem a nada positiva desvantagem de ser confundido facilmente com nomes já consagrados como Passion Pit, Mika e Fun., sendo que o ideal seria trazer o mínimo de novidade em suas composições. O maior trunfo da trupe musical vem através da canção That Much, que arrisca de maneira certa ao trazer o violino e loopings sequenciais de sintetizadores que imitam a sonoridade de uma guitarra elétrica, mostrando que a opção por tratos mais artesanais (mesmo em uma malha eletrônica) pode ser a solução genial de um trabalho de padrões mais pasteurizados.
Wilderness, What I Do For You e Binary deixam clara a ideia da experimentação falha e acabam se destoando das poderosas faixas açucaradas apresentadas previamente. O saldo final de Beta Love resulta num trabalho que deve emplacar parcialmente, graças às músicas que se assemelham ao bom trabalho iniciado por outros. No entanto, ainda faltam culhões e maior assertividade na criação de sonoridades que tragam sua própria marca perante ao público que procuram (mesmo que inconscientemente) por grupos que não vivam na agradável sombra de outros.