Our House on the Hill poderia ser definido como música Pop para quem gosta de Lo-Fi (ou seria o contrario?) e isso se explica através das melodias incrivelmente pegajosas e às vezes sujinhas que o quarteto The Babies consegue criar. São pouco mais de 35 minutos de canções ensolaradas que inevitavelmente vão ficar grudadas na sua cabeça por bom tempo após ouvir ao disco.
Cassie Ramone, da Vivian Girls, e Kevin Morby, do Woods, se dividem nos vocais, que por diversos momentos lembram os combos açucarados à la Cults ou Chairlift, enquanto as melodias e até mesmo a pegada “despreocupada” de sua música podem lembrar bandas que tem um pezinho no Lo-Fi, caso de Best Coast e ainda The Fresh and Onlys. A receita não tem nenhuma novidade e o resultado já algo que você ouviu inúmeras vezes por ai, mas ainda assim o teor pegajoso das canções faz deste disco algo memorável, mesmo que seja por um período curto.
Mesmo sem trazer novidade alguma, o single Baby é a música que mais se destaca dentro do disco. Com batidas frenéticas, um par de guitarras trabalhando perfeitamente em conjunto e a voz de Cassie exalando fragilidade em uma letra apaixonada fazem desta canção o grande (e único) hit do álbum. As outras onze faixas cumprem seu papel de músicas pegajosas e ensolaradas, mas, no fim das contas, não passam de um repeteco do que já se viu por aí nos últimos anos.
A vibe “despreocupada” do duo se mostra também na hora das composições, que parecem trazer muito de Vivian Girls, nas faixas mais aceleradas como Alligator, Mess Me Around e Moonlight Mile, e também um pouco do Woods, em canções acústicas como Mean, That Boy e Wandering, mas nenhuma pretensão de criar algo realmente novo.
Our House on the Hill tem músicas boas, mas assim como uma paixão de verão, suas músicas serão esquecidas com o fim estação.
