Resenhas

Smoke & Jackal – EP 1

O Rock de integrante do Kings of Leon tenta impressionar com arranjos e vocais, mas permanece dentro do bom mocismo

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Ano: 2012
Selo: RCA
# Faixas: 6
Estilos: Rock, Folk Rock, Indie Rock
Duração: 20:29
Nota: 2.5
Produção: Jared Followill, Nick Brown

Não é de hoje que nos deparamos com a ideia de se puxar um integrante daqui e agregar o outro dali para se formar um novo projeto paralelo, que quebre com os padrões do que cada um dos artistas já produz em sua rotina através de uma formação inédita, que pode vingar de vez e sobrepor até as carreiras principais ou então dar tudo errado e tentar botar na cabeça de que valeu ao menos ter tentado, que aquilo foi um bom motivo para se agregar experiência.

A tradicional família Followill , que compõe também o Kings of Leon, foi o alvo da vez. Os ex-cabeludos um tanto introspectivos em palco tiveram o baixista Jared como o aventureiro boa pinta a buscar uma novidade musical ao lado do guitarrista e vocalista não tão afortunado na fama, Nick Brown, da banda Mona. Ambos se juntaram em seu estado natal, Tennessee, para produzir um som que mostrasse um pouco mais deles enquanto músicos próprios e não apenas como apoio de bandas reconhecidas quase sempre por um membro de destaque, formando assim o Smoke & Jackal.

Estima-se que o EP 1 teve total produção em não mais de que seis meses, criando seis faixas inéditas que caminham entre um Rock alternativo sem muita personalidade e leves traços de um Folk Rock. Os vocais de Nick em canções como Ok Ok e Fall Around são, de longe, os momentos mais interessantes dentre toda a compilação, na qual a referência a bandas como The Killers e Muse em seus tempos áureos é clara, mas o que realmente aparenta é que as tais músicas de destaque serviriam como singles secundários em discos das semelhantes comandadas por Brandon Flowers e Matthew Bellamy.

A busca por uma batida desacelerada e os experimentos eletrônicos com a voz soam interessante, mas não por muito tempo, até ficarem estranhos. Apesar de ser um trabalho um tanto coeso e agradável, não traz novidade ou nenhuma informação ou grande potencial que realmente impressione, mesmo que apegado às bases do Rock e Folk. Um disco de bons moços parcialmente coberto com uma camada sexy e Pop que não chama muita atenção.

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BOM PARA QUEM OUVE: The Killers, Muse, Kings of Leon
MARCADORES: Folk Rock, Indie Rock, Rock

Autor:

Jornalista por formação, fotógrafo sazonal e aventureiro no design gráfico.