Not Tourist é o segundo EP dos mineiros do Câmera. Vagando entre o Post Rock e o Rock Alternativo, o som da banda ainda apresenta vários elementos que dificultam a definição do estilo em uma só tag. Dificuldades de definição à parte, o som da banda é de uma acessibilidade incrível.
Iniciada pelo encontro de André Travassos e Bruno Faleiro, a banda começou a se formar aos poucos, assim como o som que eles vêm fazendo. A proposta mais aveludada de Not Tourist é um grande avanço do seu primeiro EP, Invisible Houses, dessa vez com um refinamento ainda maior nos arranjos, que trazem um tom de novidade ao disco.
Com apenas três faixas, o EP consegue trazer muito dessa nova proposta condensada em tão poucas músicas. O duelo harmonioso das guitarras ainda está presente, e dessa vez está ainda melhor do que como foi apresentado no lançamento anterior.
Tulsa abre o pequeno disco mostrando esse tal belo encontro de guitarras, acompanhados por uma percussão leve e oportuna, com o baixo costurando a melodia com ótimas sequências. Com uma pequena pitada de Noise Pop, o barulho fica por conta do duelo que explode no meio faixa, e os ruídos controlados só engrandecem a música.
Midnight Fever entra numa aura de Post Rock meio sonhador com sua bela harmonia e e os solos. A grande surpresa na música fica por conta de outro solo, o de Saxofone, um belo solo que cria um momento meio anos 80 na canção.
Fechando o EP com Into The Night, a banda mostra um lado mais acústico, contando com o violão dedilhado por André e com uma melodia muito bonita. Apresentando os novos caminhos da banda, esse EP só faz com que queiramos escutar mais desses mineiros. A melhora nesse trabalho é visível, mas será que já não está na hora de um álbum completo?