Em 2009, Empire of the Sun nasceu amparado por um cenário muito favorável. Seu álbum de estreia, Walking on a Dream, apresentava um Indie Pop dançante e lisérgico, feito para inflamar as pistas de dança, um estilo endossado por bandas como MGMT, Phoenix e Miike Snow. Agora, sete anos depois, a dupla australiana formada por Luke Steele e Nick Littlemore, lança seu terceiro trabalho, intitulado Two Vines, e parece surfar praticamente solitária na onda sonora onírica e surreal criada por eles mesmos.
Se seus clipes aparentam ser uma mistura entre a arte de Salvador Dalí, M.C. Escher e uma espécie de publicidade do festival Tomorrowland, é praticamente assim que soa sua música, excetuado o fato de que a vibe geral em Two Vines é muito relaxada. Before exibe uma atmosfera tropical e fantástica temperada com o andamento da EDM. High And Low alinha-se com a energia Indie e Synthpop cativante da estreia da dupla. There’s No Need apela mais para o Pop Alternativo de Zayn Malik.
Two Vines, segundo a própria banda, foi elaborado com a imagem de uma selva que penetra na cidade, como uma retomada de poder pela mãe natureza. Dificilmente qualquer questão conceitual vai ser extraída daqui, dado o Pop ingênuo que alimenta a alma do grupo, assim como a rasura que são as frases motivacionais de positividade onipresentes nas letras do álbum. Não importa, mesmo sem a energia de outrora, é justamente o clima extremamente relaxado e lúdico de Empire of the Sun que faz Two Vines soar tão envolvente.
(Two Vines em uma música: High and Low)