Resenhas

Peter Bjorn and John – Breakin’ Point

Obra se perde em fórmulas Pop

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Ano: 2016
Selo: INGRID
# Faixas: 12
Estilos: Indie Pop, Indie Rock
Duração: 40
Nota: 1.5
Produção: Patrik Berger, Paul Epworth, Greg Kurstin e Emile Haynie

“Inofensivo”. “Inócuo”, talvez. Não sei qual dos dois adjetivos cabe melhor em definir o que se tornou Breakin’ Point, sétimo disco dos veteranos do Indie Pop/Rock Peter Bjorn and John. Adepto de fórmulas desgastadas, o disco é o mais “Pop” que o trio sueco já produziu, mas, ao mesmo tempo, é também o “mais sem sal”. Ao se enveredar para este lodo mais comercial de sua música, o grupo perdeu suas características de inovação e espontaneidade tão presentes em Writer’s Block (do single Young Folks) ou ainda seu mais recente lançamento, Gimme Some, de 2011.

Tudo aqui parece milimetricamente arquitetado para soar Pop, para soar amigável às ondas de rádio. O resultado é um disco com seus pouco mais de 40 minutos sem grande (ou nenhuma) dinâmica entre as faixas, que se tornam tão coesas a ponto de se confundirem umas com as outras. Há poucos momentos marcantes na obra, que se mantém por grande parte dela em terrenos já conhecidos por quem acompanha Indie Rock e Indie Pop dos últimos cinco anos. Tudo se torna um grande “mais do mesmo”, executado de forma meramente mediana.

Mesmo o fato de trazer produtores como Patrik Berger, Paul Epworth, Greg Kurstin e Emile Haynie (que já trabalharam com gente do calibre de Kanye West, Florence and the Machine, Adele e Robyn) não salvou o disco de soar chato – apesar de fazê-lo impecável do ponto de vista de produção. O efeito Domino abordado na faixa de abertura do álbum (“We fall like Dominos/(A chain reaction)/You and me, everybody goes/ Like dominos/(A chain reaction)”) parece defini-lo bem: mais um na longa de fila de dominós a seguir o que já foi feito, mais um seguindo uma reação em cadeia.

Resumo da obra: Breakin’ Point é um disco chato – seja comparando ao que o grupo já produziu anteriormente ou com que tem rolado nos últimos cinco anos Pop e Rock. Prova disso seja a dificuldade de emplacar pelo menos um single como possível hit. Até mesmo What You Talking About?, faixa mais proeminente da obra, cai numa mesmice projetada em seus mínimos detalhes. Onde sobra técnica falta alma e é isso que faz do disco uma obra tão dispensável.

(Breakin’ Point em uma faixa: Dominos)

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Autor:

Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts