Resenhas

Braids – Companion

Obra de quatro faixas possui grande solidez na produção e enorme potencial emocional

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Ano: 2016
Selo: Arbutus Records
# Faixas: 4
Estilos: Eletrônica, Eletrônica Experimental
Duração: 18'
Nota: 4.0
SoundCloud: /tracks/242133969

Não é sempre que nos deparamos com um EP de tanta beleza como Companion. Nele, o grupo canadense Braids caprichou em realizar uma obra redondinha, com um forte senso de unidade entre as quatro faixas em função de seu potencial emocional.

Dá para sentir isso claramente logo na primeira música, a que dá nome ao disco, um trabalho quase minimalista que se aproveita do silêncio para estabelecer seu ritmo e melancolia. Joni, a seguinte, vem com um andamento mais acelerado e um senso maior de urgência no vocal. Ao invés de destoar da anterior, elas sabem encontrar seu equilíbrio no repertório através de suas semelhanças.

Isso continua em Trophies for Paradox, que evidencia o quanto Raphaelle Standell-Preston briha como intérprete no disco. Se os timbres eletrônicos são o coração que pulsa por todas as músicas, a vocalista é a alma da obra, com sua grande sensibilidade, carisma e um estilo organicamente versátil – ora sussurrado, ora mais alto, sempre narrativo.

É por isso também que os sete minutos de Sweet World passam tão rápido, porque sua interpretação embala o ouvinte de maneira dinâmica e sensível por toda sua extensão. Ao final, o repeat é inevitável, assim como algumas lágrimas.

(Companion em uma faixa: Sweet World)

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BOM PARA QUEM OUVE: Bjork, Purity Ring, James Blake
ARTISTA: Braids
MARCADORES: Ouça

Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.