Resenhas

Nate Ruess – Grand Romantic

Vocalista da banda fun. faz primeiro disco solo parecido com seus outros projetos

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Ano: 2015
Selo: Warner Music/Fueled By Ramen
# Faixas: 12
Estilos: Indie Pop
Duração: 46:17
Nota: 3.0
Produção: Jeff Bhasker
Itunes: https://geo.itunes.apple.com/us/album/grand-romantic/id997631817?

A diversão Pop parece ser parte integrante da vida de Nate Ruess. Em sua trajetória como músico, Nate obteve uma familiaridade com o Pop que lhe rendeu interessantes projetos, como o animado The Format e o conhecido fun., com o single mundialmente famoso We Are Young. Em ambos os projetos, parece que o músico sempre optou por uma face mais animadora e divertida da música Pop, bastante parecido com que Mika trouxe em seus discos e que foi imensamente aceito pelo público mundial. Agora, ele opta por compor de forma solo, o que nos trazia uma ansiedade para interpretar suas obras de uma perspectiva totalmente individual. O momento chegou, mas nossa ansiedade permanece intalterada, já que não se houve nada de novo.

Nate Ruess é, sem sombra de dúvida, um destaque em meio às personalidades deste meio dito Pop Alternativo. Tanto os seus projetos do passado, quanto seu novo disco Grand Romantic continuam a provar isso. De fato, ele tem uma mentalidade bem mais aberta à fusão de gêneros com o Pop, o que normalmente nos coloca uma grande dúvida acerca de como classificar as bandas da qual ele fez parte. As faixas Grand Romantic e Take It Back nos mostram isso à medida que incorporam às suas melodias, respectivamente, a Música Clássica e os anos 50 com sua encantadoras e românticas baladas. Nada disso é questionado neste disco e, se é possível, ele só traz mais certeza de seu talento.

A grande questão de Grand Romantic é que este trabalho poderia ter sido assinado por qualquer um dos projetos de Nate e, mesmo assim, nós não perceberíamos a diferença. Parece que o músico não pretende sair tão cedo de sua “Terra do Nunca”, até que todas as possibilidades de composição, arranjos e harmonias tenham sido exploradas. Ainda que seja um terreno muito frutífero, uma carreira composta por discos feitos sempre da mesma matéria prima acaba enjoando. É como se pudéssemos agrupar todos os projetos de Nate Ruess sobre um mesmo nome e concluimos que, em quase dez anos de carreira, o músico não saiu do mesmo lugar.

Nate produz mais do velho conhecido, o que é uma ótima pedida para quem gostou de todos os projetos de seu passado. Nada aqui é novo. Isso nos entristece para possibilidades mais experimentais vindas do compositor e deixa todos com poucas expectativas a serem superadas.

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BOM PARA QUEM OUVE: Matt & Kim, Bastille, Imagine Dragons
ARTISTA: Nate Ruess

Autor:

Produtor, pesquisador musical e entusiasta de um bom lounge chique