Resenhas

Eternal Summers – Gold and Stone

Quarto disco do grupo repete fórmula de seus outros lançamentos

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Ano: 2015
Selo: Kanine Records
# Faixas: 10
Estilos: Shoegaze, Dream Pop, Noise Pop, Indie Rock
Duração: 32'
Nota: 3.0
Produção: Eternal Summers

Uma breve análise da discografia do trio Eternal Summers já é o suficiente para ver que o grupo refina a cada lançamento seus melhores aspectos e adiciona qualidade na produção e na criação das letras. Isso é inegável. Mas é inegável também que, disco após disco, o grupo se repete em temas e em sonoridades utilizadas nos anteriores. Portanto, Gold and Stone poderia ser facilmente considerado o terceiro “reboot” de Silver, obra de estreia da banda lançada em 2010.

Se por um lado há a progressão de qualidade em cada lançamento, por outro há a perda do ineditismo e a sensação de já ter-se ouvido aquilo repetidas vezes no passado. Não chega a ser um problema se você conhece pouco da banda ou se esse é seu primeiro contato com ela, mas, em um olhar mais abrangente, esse disco peca por essa espécie de pastiche de si mesmo (pela terceira vez).

Novamente, o encanto da obra vem do encontro do Rock Alternativo dos anos 90 (uma doce mistura de Dream Pop, Shoegaze, Noise Pop e Indie Rock) com a etérea voz de Nicole Yun e letras melancólicas do grupo. O resultado disso é algo incrivelmente açucarado, ainda que o grupo escolha alguns timbres mais ásperos em suas guitarras, e bastante nostálgico. Um som bem divertido, mas também esquecível. Ainda que haja uma pegada bem Pop, falta potência nos singles para criar um verdadeiro hit – talvez as músicas que mais cheguem perto disso é Togheter or Alone e a faixa-título.

Assim como Correct Behavior e The Drop Beneath, o disco segue um fluxo coerente e apresenta no meio do caminho algumas boas surpresas, No caso de Gold and Stone, essas boas novidades vem com Black Diamond, com seu tom mais College Rock, e Ebb Tide, que conta os vocais do baterista Daniel Cundiff e timbres acústicos que “simulam” um Pavement aos violões. O disco pode não sair da zona de conforto do grupo (novamente), mas, se o ditado que “a prática leva a perfeição” estiver correto, Eternal Summers está cada vez mais próximo disso (dentro do próprio contexto, é claro).

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Autor:

Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts