Resenhas

Brandon Flowers – The Desired Effect

Segundo álbum solo do artista revela-se Pop na medida e referências certas

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Ano: 2015
Selo: Universal Music
# Faixas: 10
Estilos: Indie Pop, Synthpop, Dream Pop
Duração: 39'
Nota: 3.5
Produção: Ariel Rechtshaid

Composições divertidas, produção caprichada, referências bacanas e um frescor Pop irresistível – o que mais alguém pode pedir de um disco? Bem, no caso de Brandon Flowers, parece que existe uma exigência ainda maior, seja de quem gostaria de ver mais de The Killers, ou das vítimas de recalque que já estão prontas para apedrejar qualquer coisa que um cara bem-sucedido como ele faça. Daí The Desired Effect ser um daqueles lançamentos nos quais os problemas não estão no disco, mas nos ouvidos de quem o escuta.

Já sobre os méritos, é justo dizer que o álbum os deixa bem claros. Entre faixas dançantes e hits espontâneos, Flowers construiu uma obra deliciosamente Pop, inspirado por três das vertentes mais legais desse grande gênero (Indie, Synth e Dream) para dar continuidade à atmosfera nostálgica que envolve a produção musical de hoje em dia. Dá pra imaginar qualquer uma dessas músicas sendo trilha em algum filme da Sessão da Tarde, por exemplo.

E essa comparação pode ir além, já que esse parece ser todo o espírito de The Desired Effect, no bom sentido. É um trabalho sempre divertido, gostoso de dançar enquanto canta, seja em casa ou em qualquer outro lugar. Still Want You, I Can Change e Lonely Town já traziam isso e Diggin’ Up the Heart e Untangled Love continuam a missão com louvores.

A cada audição, fica claro que a ambição de Brandon Flowers era criar um trabalho com grande potencial de entretenimento – algo atingido aqui com louvores. Com seu grande status de estrela, é fácil qualquer lançamento seu ser mais criticado do que qualquer registro similar. Uma aproximação mais crua, porém, permite contagiar-se pela empolgação de dez faixas caprichadamente Pop – e talvez seja esse o efeito desejado pelo cantor no título.

Um álbum que precisa ser ouvido à vontade. Ele merece, nós também.

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Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.