Resenhas

Crocodiles – Boys

Novo disco do duo tenta embarcar na psicodelia para se distinguir de suas demais obras

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Ano: 2015
Selo: Zoo Music
# Faixas: 10
Estilos: Rock Psicodélico, Garage Rock
Duração: 34'
Nota: 1.5

Se o duo Crocodiles sempre esteve fadado ao segundo (ou terceiro) escalão do Garage Rock, deste vez, Charles Rowell e Brandon Welchez parecem tentar criar algo um pouco diferente para se destacar no meio musical. Porém, a dupla escolheu o também superpovoado terreno da psicodelia para se aventurar, uma escolha que rende poucas novidades, ainda que seja uma mudança substancial na carreira do grupo.

O resultado é Boys, disco que se mostra sonoramente mais expansivo que Crimes of Passion e Endless Flowers, mas que ainda tem aquela cara de música derivativa. E se esse fosse o único problema, o disco ainda seria salvo pela hype dos estilos e o grupo poderia até alçar voos mais altos, porém o disco se mostra dono de dez músicas completamente esquecíveis. Há poucos momentos interessantes no álbum, seja por aquela sensação de já ter ouvido aquilo antes ou pelo tom demasiadamente Pop das faixas as tornarem plastificadas.

Instantâneo e descartável, o disco acumula pouco mais de meia hora de músicas que perdem sua relevância. Até mesmo os singles, como Crybaby Demon, perdem seu poder quando inseridos no contexto do álbum. Sem ambição e alma, Boys se torna mais um disco de tendências requentadas e mudanças pragmáticas em busca de sucesso.

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BOM PARA QUEM OUVE: No Age, Mikal Cronin, Wavves
ARTISTA: Crocodiles

Autor:

Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts