Resenhas

Gum – Delorean Highway

Músico das bandas Tame Impala e Pond mostra as qualidades que busca em projeto solo

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Ano: 2014
Selo: Spinning Top
# Faixas: 10
Estilos: Psicodelia, Rock Psicodélico, Indie Rock
Duração: 31:29
Nota: 3.5

Pra mim, o mais interessante ao ouvir Delorean Highway foi perceber o quanto associei o disco a banda como Temples e Boogarins, ao invés dos costumeiros Tame Impala e Pond sempre associados a Psicodelia – e mais curioso ainda ao se tratar de ser este um projeto de um dos músicos dessas duas bandas.

Gum é o que Jay Watson apronta quando não está focado nesses grupos, com um som um pouco mais urgente e menos “refinado” do que faz lá. Tudo aqui, neste álbum de estreia, tem uma cara ainda mais caseira, ainda mais Lo-fi, e uma tensão meio seca que percorre todas as faixas, ao contrário da fluidez com que os álbuns de suas duas outras bandas possuem.

Fica uma coisa mais reflexiva, quase introspectiva, como Boogarins, ou mais Pop e dançante, como Temples e, vez ou outra, MGMT. Pessoalmente, prefiro as mais divertidas, como 21st Century Radiation (que poderia estar na trilha de Scott Pilgrim contra o Mundo, mas Misunderstanding e principalmente The Sky Opened Up são muito dignas de sua atenção.

É um bom disco, principalmente pra quem tem curtido esses nomes todos já mencionados. Mas note como a diluição já ocorre em um nível em que as novidades se parecem mais com a segunda leva do que com a primeira desta geração (digo isso sem levar em conta as bandas das antigas, que ditaram a cartilha que estas novas leem).

Falta aquela alma que tem em Tame Impala ou o fator divertidíssimo de Temples pra nos conquistar de vez, mas Jay mesmo declarou que é um trabalho “paranóico”, “sobre se apaixonar e todas as coisas que farão o amor morrer”. E, sim, a Psicodelia serviu direitinho pra contar essa história.

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BOM PARA QUEM OUVE: Temples, Boogarins, MGMT
ARTISTA: Gum

Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.