Resenhas

Röyksopp & Robyn – Do It Again

Com faixas longas e cara de performance ao vivo, EP mostras boas qualidades de ambos os nomes

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Ano: 2014
Selo: Dog Triumph/Wall Of Sound
# Faixas: 5
Estilos: Eletrônica
Duração: 35:23
Nota: 3.5

Entre o conceitual e o Pop, Do It Again explora dois lados interessantes da junção Röyksopp e Robyn, dois nomes que a Noruega exportou nos anos 1990 e continuam firmes por si só, quanto mais em uma parceria como esta, uma turnê que rendeu também o EP.

Essa nomenclatura, porém, nem sempre lhe parece tão cabível, já que seus 35 minutos de duração colocam a obra no mesmo lugar que os ditos “álbuns” com o dobro de suas cinco faixas (ou ainda mais). A culpa disso é a primeira música (Monument) e a última (Inside the Idle Hour Club) terem quase dez minutos de duração cada e elas, posicionadas assim, parecem formar uma concha que envolve as outras três (e vale dizer que a mais curta ultrapassa os quatro minutos).

Insito nisso do tempo de disco porque Do It Again vem como uma experiência bem completa de audição do início ao fim. Por ser um disco feito para acompanhar uma turnê, é interessante como as músicas surgem com uma cara de que foram feitas para muito além dos fones de ouvido. Elas funcionam melhor mesmo em um ambiente cheio de gente, principalmente se acompanhadas de uma performance da cantora com o duo de DJs.

Isso fica muito claro no diálogo de Sayit, que vem depois dos motores esquentarem com Monument – que tem mesmo cara de ser a primeira música de um show, aquele momento em que o espetáculo está para começar, mas ainda não deu suas caras. A faixa-título é mais radiofônica mesmo e você vai cantar esse refrão por horas depois de ouvir o disco.

Pra mim, o pior defeito do EP é terminar na sequência Every Little Thing (uma “balada” menos dançante e mais fofinha) e Inside the Idle Hour Club, uma faixa bem arrastada na qual não acontecem tantas coisas quanto nas anteriores. Dá uma cara de fim de festa mesmo, quando o povo já foi embora e o DJ toca algo quase de má vontade.

Vale ouvir o disco, mas vale ainda mais torcer pra conseguir ver o show durante suas viagens agora nas férias (ou investir em uma campanha Please Come to Brazil mesmo).

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Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.