Resenhas

Beaty Heart – Mixed Blessings

Estreia de trio britânico mostra sua personalidade em músicas tranquilas de se ouvir

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Ano: 2014
Selo: Universal Music
# Faixas: 13
Estilos: Indie, Indie Tropical, Pop Experimental
Duração: 44:24
Nota: 3.5
Produção: Dave Eringa

Você provavelmente não está diante do seu disco favorito do ano, da temporada ou mesmo do mês, mas pode acreditar que não será fácil parar de ouvi-lo. Mixed Blessings, estreia da banda britânica Beaty Heart, tem faixas fáceis de escutar e de gostar. Melhor ainda, ela vem com uma personalidade interessante e cativante.

Não é muito evitável comparar esse som com grupos como Vampire Weekend, com aquele ar mais tropical e livre na hora de criar. Felizmente, ao invés de se parecer como uma banda que “tenta fazer um som assim ou assado”, o trio consegue passar uma legitimidade simpática em suas composições, o que torna a audição do álbum ainda mais prazerosa.

A tríade que inicia o disco não poderia ser mais ideal. Banana Bread resume em si todas as qualidades que ouviremos ao longo da obra (aliás, se não curtiu, pode parar por aí), enquanto Kanute’s Comin’ Round é mais animada e engata uma segunda marcha na audição para chegar em Seafood, com um refrão que você vai cantar ao longo do dia todo.

O humor do repertório varia entre algumas faixas até um pouco introspectivas (como Kinder) e outras mais mínimas (Yadwicha’s Theme). Porém, o que fica é a descontração de músicas como Greetings to Eblis ou Lekka Freakout. É uma vibe boa, no geral, e você vai sempre se pegar reparando em como Muti é surpreendentemente bonita no meio disso tudo.

Tem cara de ser algo que fica mais legal ainda ao vivo, o tipo de banda pra tocar em festival com um show bem completinho e que combina com um dia de sol. Enquanto não temos a chance de ver isso acontecer, deixe Mixed Blessings tocando enquanto você faz qualquer coisa e o tempo vai passar rapidinho.

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Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.