Pouco mais de um ano após sua estreia com o compacto Early Fragments, Fear of Men volta para seu primeiro álbum de longa duração, Loom. A diferença que se nota entre os dois trabalhos é a quase extinção dos toques “sujinhos” entre as canções Pop do quarteto, que era um elemento de destaque e um diferencial para os demais do estilo, e agora acaba resultando em músicas boas, mas iguais a outras já ouvidas outrora por outros nomes.
O álbum até chega a ser como um casaco de lã ou xícara de chá quente em uma manhã fria – ou seja, reconfortante e convidativo. Porém, nos aquece como qualquer outro agasalho ou bebida quente, sem muitas diferenciações de outros discos e bandas que já conhecemos. Assim sendo, mesmo tendo um som aprazível, Loom se torna um, mesmo que bom, mais do mesmo para os amantes de Twee, que tem em outras composições o mesmo que encontrado aqui.
Faixas como Alta e America ganham um destaque por suas introduções (no caso a primeira em sua totalidade) a capella por conta de Jess e seu delicado porém presente vocal, que dão um ar ainda mais intimista. Tephra e Descent são duas músicas que retratam bem a sonoridade da nova geração Twee, como Pocketbooks e Allo Darlin’, o que acaba mostrando mais uma vez uma homogeneidade com as outras opções do “mercado”, mesmo o resultado final tendo sido boas músicas.
Desse modo, Loom são 38 minutos de um gostoso ritmo doce que nos remete a nomes já conhecidos e que infelizmente perdeu seu toque de diferenciação, que eram os leve ruídos e riffs sujinhos, que nos remetiam a Talulah Gosh ou The Pastels, e chegou como apenas mais uma opção, mesmo que boa, de uma massa que já nos mostra esse tipo de som, seja há algum tempo, quanto por novos nomes – os quais também dividem essa situação com o quarteto inglês.
