Planeta Terra Festival: De onde veio e pra onde vai?

Com quase dez anos de legado, saiba mais sobre o festival musical que já carrega tradição na cidade de São Paulo

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Fotos: Marcos Issa/Argosfoto

Show internacionais compilados em um grande espaço reunindo uma multidão de fãs em um curto espaço de dias não é realmente uma novidade, levando em conta que o Brasil já produz esse tipo de eventos há um longo tempo, mas manter-se firme há quase dez anos não é para qualquer um. Esse é o caso do Planeta Terra Festival.

Tendo surgido originalmente em 2004, sob outra ideia e formato, o festival já teve uma fase itinerante pelo Brasil e realmente se firmou em São Paulo a partir do ano de 2007, já tendo a partir daí uma boa noção de como se administrar um festival de médio a grande porte, além de ter trazido no currículo nomes como Jamiroquai, Pearl Jam e até Black Eyed Peas, que na época ainda estava em ascenção.

Os dois primeiros anos na capital paulista tiveram como palco a Villa dos Galpões e, até então, trabalhavam com três ambientes, sendo um palco principal, um indie e um espaço para os Djs, também já fixando o mês de novembro como época típica do festival. Os destaques no lineup desses anos podem ser destacados com Devo, The Rapture, Animal Collective, Foals, The Jesus and Mary Chain e alguns nomes que voltam aos palcos neste ano com mais experiência, como Kasabian e Mallu Magalhães.

2009 foi o ano da mudança para uma região com mais fácil acesso a quem vem de fora e com um diferencial: Um parque de diversões para se distrair entre os shows. O Playcenter foi abraçado pelos frequentadores e virou referência na união de uma boa estrutura aliada a shows cada vez mais inusitados até 2011.

Clássicos roqueiros de várias gerações (de Iggy Pop, passando por Sonic Youth e chegando a The Strokes), boas apostas que caminhavam entre o Indie e Pop (A vinda recente do Interpol até a grande festa de Mika) e ampliando mais espaço para a salada musical brasileira (Do instrumental de Hurtmold até o Rap harmônico de Criolo) tornaram-se características do evento. Entre um ano e outro, houveram edições em que os ingressos se esgotaram em menos de 24 horas. Todos os lotes.

A novidade da vez é a mudança para o Jockey Club de São Paulo, um amplo espaço que tem o dobro de capacidade e trará aos saudosos presentes também um parque adaptado. No entanto, o festival que reinava quase como pleno na cidade da garoa tem agora grandes franquias concorrentes cada vez mais por perto. O legado de quase dez anos dessa reunião musical dependerá agora em grande parte da flexibilidade e olho vivo nos acertos e erros de quem vem brigar por espaço ao sol.

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Autor:

Jornalista por formação, fotógrafo sazonal e aventureiro no design gráfico.