Vanguart supre a falta de poesia do Lollapalooza

Em dia marcado pelo peso do Rock, grupo faz o público cantar de olhos fechados e coração na mão

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Fotos: Foto: Ariel Martini

“Muito bom poder contar essas histórias pra vocês”, afirmavam os vocalistas da banda cuiabana Vanguart ao pôr-do-sol do último dia de Lollapalooza, do alto do Palco Alternativo, cercado de fãs emocionados e curiosos deslumbrados com a poesia do grupo.

E se a escalação para aquele momento do festival pode parecer estranha, com a banda tocando em meio a diferentes estilos do Rock, entre Puscifer e The Hives no palco principal e ao mesmo tempo que Kaiser Chiefs, que tocava do outro lado do Jockey Club, são justamente essas tais “histórias” que explicam o que a banda fazia ali.

Vanguart trouxe poesia para um dia de muita energia, de muito peso. Violão e violino são amparos para os versos tão bonitos que Hélio Flanders e seus comparsas nos proporcionaram. “Eu espero que vocês se identifiquem”, disse o baixista Reginaldo Lincoln em certo momento, “são histórias de pessoas comuns, mas muito especiais”.

E ninguém pode negar que a identificação ocorre. Ela aparece nos olhos fechados e nas mãos para cima da multidão que cantava Depressa, Nessa Cidade e Cachaça, além de uma música inédita e da empolgação máxima em Mi Vida Eres Tu e Semáforo, o encerramento e ponto mais alto de todo o show.

Foi leve, ainda que rico; Divertido, mesmo sensível. Foi um respiro poético para dançar com o coração na mão no meio de um dia marcado pela força das guitarras. Porém, naquela virada entre a tarde e a noite, o poder era das palavras.

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ARTISTA: Vanguart

Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.